sábado, 16 de outubro de 2010

Capítulo 5 – Mônaco (parte 1)

Capítulo 5 – Mônaco (parte 1)

- Maldição, estou toda quebrada da viagem Michiru... deveriam fazer poltronas mais espaçadas...uns quatro metros no mínimo.

- Ara, não quer um avião só pra você também?

- Mas que idéia excelente!

- Ai ai...

Descendo do carro, Haruka acena para o funcionário do hotel, este logo chama outro pra carregar as malas. Verificando o local rapidamente, supunha que seu treinador já tinha se acomodado num dos quartos. A corredora pedira à Yoshiro para reservar três quartos, julgava que a violinista não ficaria à vontade dividindo um aposento. Ela mesma havia se preocupado desde que fizera o convite; tablóides contribuíam para que uma imagem nada inocente da loira fosse divulgada. Certamente Neptune sabia dos boatos.

- Nossa Michiru, quase veio uma mala extra para seus cosméticos... – espantava-se.

- Ah... Acontece que...eram coisas essenciais! – cruzava os braços.

- Vinte tubinhos de gloss? É, realmente todo mundo precisa disso. Sem falar nas outras coisas que nem sei o nome... – ria.

- O quê? Eu realmente só trouxe o essencial... Caso contrário você realmente teria uma mala beem grande a mais para trazer...

- I-Isso é o essencial? Kami-sama... – entrava no Hotel.

- É. – acompanhava-a.

- Ah, boa noite...nós queríamos um quarto...hã...dois quartos... – dirigia-se ao gerente, apelando para o sempre útil inglês – Bom...meu nome é Tenoh Haruka, eu liguei dia 10 para confirmar a... 

A reserva não é? Confere, dia 10... Reserva de dois quartos.” – dizia o gerente conferindo o registro no computador.

- Ah, que bom. Espere...dois quartos?! 

“Um para o Sr...Yoshiro Murata e outro para Tenoh Haruka...e só.”

- O quê?! “Aquele filho da....esqueceu de...Kami-sama! Vou ter que dividir um quarto com ela! O que vai pensar de mim?!” A-ah! Mas quando eu liguei eu pedi por...Er...bom, podemos mudar? – perguntou a loira, visivelmente constrangida.

- Hum... Acho que não vai ser necessário, obrigada – Neptune interrompia falando com o gerente, não queria que a velocista ficasse ainda mais constrangida por causa dela. – Não é? – sorria para Haruka.

- B-bom... corava.

- Ainda bem que seu rosto completa as suas frases. – ria – Não, pode deixar a reserva como estava, obrigada... – fitava o gerente antes de segurar a parceira por um dos braços.

Bem, tenham uma boa noite e estadia. Sr. Tenoh aqui está o cartão do quarto 506. Stuart acompanhe os jovens até o quarto, as malas estão logo ali.” – mostrava-as ao funcionário que rapidamente reunia os pertences.

- O-obrigado... – dizia, ainda pasma.

As duas garotas entram no elevador e Uranus permanece calada durante o trajeto. A atitude fora percebida por Neptune que preocupada, resolve perguntar.

- Ara...não me olhe assim...fiz mal? Você acha que ficou estranho?

- Não...é só que...bom, eu não esperava por esse mal entendido. – sorria.

-  Vamos...alguma coisa está te incomodando, não é?

- Só estou cansada... – sorria – Oe...chegamos.

Michiru observa a outra jovem em silêncio passando o cartão na porta do quarto. Olhando o funcionário, apontava rapidamente onde as malas seriam colocadas dando a gorjeta logo em seguida. Assim que o rapaz se retira do local, a violinista comentava:

- Haruka, alguma coisa está errada...e você não quer me dizer...

- É que...devia ter dado uma nota de cem pra ele...pelo esforço de carregar sua mala. – ria tentando distrair a outra.

- Ara...no seu convite não constava limitações de bagagem... – sorria – "Ela não quer me dizer...não adianta insistir nisso agora... Estaria hesitante em dividir um quarto comigo? E se fosse isso, qual a razão?" – pensou.

Haruka limitava-se a sorrir de volta, pensando se realmente tinha funcionado, estava um tanto apreensiva em dividir um quarto com a garota. Imaginava seu nome e o da garota estampados em revistas adolescentes. Provavelmente citando a jovem Kaioh como mais uma conquista. Sabia que os pais da garota não deixariam barato uma informação como essa. Seria mais seguro agir apenas como amiga de Neptune? Não seria fácil ignorar sua presença, principalmente estando sozinhas e afastadas dos olhares curiosos de seus compatriotas. 

- Oe...vou tomar um banho...ou quer ir na frente? – perguntava a velocista já na porta do banheiro.

- Não, não...pode ir... – ia em direção a varanda.

- Bom...então...não vale espiar... – piscava, antes de fechar a porta. A Sailor dos Mares sorria, voltando seu olhar para a cidade.

Minutos depois, Haruka saía do banho com os cabelos desalinhados, pois, sua memória falhara e esquecera de levar um pente ao banheiro. Nisso, colocava a tolha por cima do cabelo tentando esconder a rebeldia dos fios loiros.

- Maldito cabelo...

- O que disse? – virava-se distraidamente.

- Ah! Não olhe!

- Ora, depois reclama da minha bagagem... pois eu aposto que você esqueceu "alguma coisa"... – sorriu vendo a loira resmungar, sacudindo os cabelos, tentando enxugá-los. – Eu disse que só tinha trazido o essencial... – sorria, dando-lhe um pente.

- Você trouxe um cabeleireiro aí também? Meu cabelo está cheio de nós!

- Não, o gloss ocupou o espaço dele... – ri.

- Ainda bem que são curtinhos...

- E lisos. Você não viu os nós que o meu dá... – ri.

- Ok, ok...bom o banheiro é todo seu... – sentava-se na cama, terminando de pentear o cabelo. – Oe...

- Hã? – volta, antes de fechar a porta.

- Não vai colocar um aviso de "ocupado"? Bom, eu sem querer posso entrar e... – Michiru ria, antes de fechar a porta. Vermelha, imaginava a probabilidade de aquilo acontecer. Indagava se seria cedo demais para maiores intimidades. Uranus internamente perguntava o mesmo da sacada do quarto.  Contudo, mesmo insegura por estar dividindo um espaço com a bela garota, a corredora simplesmente não conseguia evitar tirar certas brincadeiras. 

"Ela está tentando não demonstrar... mas eu sei que tem algo a preocupando... Ah... o que eu faço?" – pensava Neptune, enquanto terminava o banho. Veste-se a sai, penteando os cabelos. 

- Eu não disse? – apontava o nó do cabelo.

- Não importa, você ficaria linda até com o cabelo cheio de nós de escota... – fitava-a da varanda sorrindo.

- Ara, nem diga isso... – agora corada, continuava a pentear mesmo não tendo mais nada para desembaraçar; por alguns instantes, esquecera-se do que fazia, enquanto a observava. Seu olhar parava no da loira, um ato quase sempre prazerosamente perigoso.

- Vamos, solte esse pente... – aproximava-se da jovem, tirando o objeto de suas mãos e passando os dedos pelo cabelo dela, em seguida se inclinava para cheirá-los. Neptune fechava os olhos, deixando-se guiar pelas sensações de estar nos braços de Uranus, que agora cheirava o pescoço da amante. – Por que ainda fica coradinha quando faço ou comento certas coisas, Michiru? – questionava vendo a garota corar.

- Em... um momento como esse, você não vai ouvir nada coerente de mim... – ria.

Uranus a beija finalmente, e, enquanto uma mão está na cintura, a outra caminha para a blusa da garota, afastando um pouco a gola para ter mais acesso ao pescoço. Seus últimos movimentos conscientes estavam se esvaindo, quando o telefone toca. Michiru fazia menção de virar o rosto, contudo a velocista não admitiria interrupções e uma das mãos fazia com que a jovem olhasse novamente para ela, rendendo-a aos seus beijos. Ao sétimo toque, a velocista suspirava, indo atender a ligação. Esperava ser realmente importante. Neptune, sentindo um vazio repentino, sentava na cama acompanhando a parceira com o olhar.

“Alô? Ah...Yoshiro. Sim, sim...amanhã que horas? Seis? Que horas o motorista vai...ah, estarei aí então. Até amanhã...” – a loira desligava, para em seguida sentar frustrada na cama.
- O que foi? – Michiru a via deitar subitamente na cama, encarando o teto.

- Amanhã tenho que estar no autódromo às seis horas. Depois, provavelmente enfrentarei uma coletiva de imprensa...odeio isso..."eles" nunca se limitam em perguntar só sobre sua carreira.

- Ajuda pensar que eu estarei com você? – ria, deitando-se ao seu lado.

- Muito... – sorri – Mas não é uma boa idéia ficar "assim"...

- Como? – realmente não tinha entendido; se distraíra, fitando Haruka.

- D-deitada perto de mim...posso te atacar a qualquer momento – ria – E não vai ter escapatória... – Michiru corava, ainda não encarava a loira.

- Eu não ia insistir...mas definitivamente tem algo te incomodando...Por que não quer me dizer o que é?

- Adoro ter você ao meu lado...mas é que...é que...não confio em mim...essa situação...você tão perto... – parava de falar e virava a cabeça para o lado oposto dela – Não quero tenha uma impressão errada de mim...é só isso.

- Ei...não diga isso... Eu estou aqui, porque quis... – falava, preocupada – Gomen ne... eu fiz mal em ter dito para não mudarem a reserva...

- Você não fez mal... – volta a encará-la – Como eu disse, ter você perto de mim é um sonho...m-mas isso mexe comigo... – ria, sem jeito – Gomen... –  levantava-se devagar da cama.

- Não só com você... – cora – Mas... eu confio em você. – sorri – Não há motivos para ficar assim... – a corredora mais tranqüila, suspirava antes de sentar-se novamente.

- Esqueci que não comemos nada desde que chegamos. O que vai querer? – fitava Neptune enquanto pegava o telefone.

- Ah... se puder pedir por mim, eu agradeceria. 

- Claro. “Por favor...pode servir o jantar aqui no quarto 506? Ah, sim sim...aceito a dica. Ok, obrigado.” Michiru, por causa da corrida provavelmente não terei tempo pra passear... Sinto muito... – falava logo depois de desligar o telefone.

- Quando aceitei o convite, “conhecer a cidade” estava em segundo plano... Ou terceiro, ou quarto...

Dizia gentilmente. Com um sorriso, encostava a cabeça nas costas de Haruka, que suspirava mais aliviada.

- A viagem tirou minhas forças... – a loira passava uma das mãos no ombro, massageando os músculos.

- Lembra o que falei? Deveria ter dormido no avião. – Michiru sorria e Haruka concordava com a cabeça. Neptune não saberia, mas a loira estava vermelha. Conversara a viagem quase toda numa empolgação que nunca experimentara. A violinista estava acompanhando-a afinal. – Está tensa realmente.

Pequenos arrepios corriam pela espinha da corredora, enquanto a outra Sailor passava os dedos pelas suas costas.

- Michiru... – balbuciava a velocista, tentando compartilhar naquele instante os sentimentos que lhe preenchiam a alma. – Faça figa pela minha vitória, o prêmio não é nada mal... – concluía, acovardando-se.

- Hai... não vou tirar os olhos do seu carro amanhã... – abraçava-a, ainda por trás. Uranus olhava de soslaio desfrutando do agradável contato. – Haruka...?

- Hum?

- Yoshiro-san...ele sabe que você...bom, é uma...

- Garota? Sim, ele descobriu quando tive que apresentar meus documentos. Muitas vezes ele resolve burocracias pra mim. O interessante é que ele não pareceu surpreso quando descobriu... acho que, contanto que eu continue ganhando as corridas, está tudo bem. – dizia, seguido de uma risada. Michiru acompanhava, antes de Uranus continuar – E você...sempre soube?

- Bom, sim...considerando que só mulheres podem ser guerreiras... Além disso, seria um tanto bizarro homens lutando com aqueles uniformes – ria, brincando.

- Na verdade eu acho que o fato de nós mesmas lutarmos com essa roupa, já tira cinqüenta por cento de uma possível intimidação para com os inimigos.

- Tem razão... – ria – Mas isso não importa, desde que eu esteja lutando ao seu lado... – um sorriso dava forma aos lábios da violinista. A frase de Neptune pareceu ser o combustível para que Uranus continuasse.

- Oe...

- Sim?

- S-Sabe...dos meus sentimentos por você, não sabe? – Michiru erguia a cabeça, surpresa. E, antes que o silêncio pudesse preocupar a loira, foi cortado por Neptune.

- E...você dos meus, Haruka... – revelava trêmula, segurando-se na camisa da parceira.

Naquele momento, a corredora achava-se a maior das covardes. Errou ao fazer aquela pergunta. Michiru devia estar esperando uma afirmação, não uma indagação. Sentia-se mal ao pensar na coragem da outra jovem dias atrás, confessando-lhe custosamente sentimentos que devia guardar a sete chaves. Queria tanto ter a mesma postura. Talvez não estivesse se esforçando mesmo para tal. E odiava saber disso.

- “Parece que voltamos dez passos na relação. Será que se sente obrigada a confessar algo?” – Neptune suspirava antes de falar – Haruka... sabe, eu não quis forçar as coisas dizendo tudo aquilo no autódromo. Fui impulsiva...

- Não se preocupe. Eu é que estou te deixando confusa aqui, sinto muito...

- Tudo bem... só preciso saber se confia em mim. – abraçava-a.

- É claro, princesa... Até por que... se eu disser que não, estou sujeita a um mata-leão, né? Quer dizer, você aí atrás...

- Exatamente. – ria – Embora este golpe ainda não faça parte dos nossos treinos.

- E o que esperamos? – virava-se, deixando seu rosto a poucos centímetros do da violinista.

- Ara... o que está fazendo? – Neptune sorria ao notar as mãos da corredora deslizarem pelas suas costas, e em seguida por debaixo da blusa.

- Ué, só conferindo se não ficaram cicatrizes daquela luta...

- Seria mais fácil perguntar...

- Mas não prazeroso. – piscava – Essa posição está ficando complicada pra mim...

- Tem razão, se levar uma tapa por seu atrevimento não poderá nem se defender... – ria.

- A tapa é o preço? Parece um bom negócio... – beijava-a, abafando o riso da outra jovem.

- Hum, você não sabe como fez mal em me avisar sobre isso...

- Vai me bater, Michiru? – parava por um momento, sorrindo, encarando a jovem que se aproximava dos seus lábios novamente.

- A não ser que me dê motivos muito sérios... – beija-a – Mas ainda não está nos meus planos...

- Você...usa roupas demais princesa... Hum... – sorria cinicamente ao encontrar a lingerie superior da jovem – Não vai me ajudar?

- Concorda que fica meio complicado eu ajudar? – ri – Ara...você consegue...

- Bingo. – com delicadeza a velocista tira a peça enquanto beija a Sailor. – Estou pronta pro tapa. – Michiru ria, ainda ruborizada pela situação.

- Eu... não vou fazê-lo... – desvia o olhar. Naquele momento estava realmente decidida a aproveitar cada minuto com Haruka. Deixou-se levar pelos beijos de Uranus que logo desabotoava a blusa da parceira.

- Queria ter o poder de... – duas batidas na porta distraíram momentaneamente a corredora.

- "Não Michiru, você não ouviu nada...é só a sua imaginação..." Poder do quê?

- O poder de... “Não é possível... Maldição.” É melhor eu ver o que é.

- Hai. "Sinceramente...não tinha hora melhor não?".

- “Ah, ok...ok...pode colocar na mesa por favor...” – já na sala vira o funcionário entrar com o carrinho do jantar.

Uranus olhava com irritação o rapaz, que a encarava sugerindo gorjeta. Suspirando, tira uma nota de um dos bolsos, bem menos do que deveria ser a gorjeta, um capricho que se deu. Ainda não perdoara a breve e incômoda visita do moço. 

- Inoportuno... – Neptune falava baixo no quarto, terminando de abotoar sua blusa. Aquele momento de intimidade não recomeçaria, pelo menos não tão cedo.

- Michiru...

- Hum? 

- O jantar...chegou...

- Hai... – sentava à mesa – Eu tinha esquecido do jantar... – ri.

- E eu tinha esquecido de tudo minutos atrás... – sorria. Neptune retribuía corando levemente. – Puni o infeliz por ter atrapalhado nossa...conversa.

- O que fez?

- Digamos que com a gorjeta, ele vai mascar bastante chiclete...

- Pobre funcionário – ria – Sempre se vinga assim de quem atrapalha suas conversas?

- Isso sempre depende com quem estou falando... – Uranus tomava a liberdade de pegar a mão da violinista, beijando-lhe a palma. Retribuindo com um sorriso, Michiru pensava que de maneira alguma fora uma má idéia acompanhar a loira, afinal.

- Oe...

- H-hum?

- Eu não me recordo de você estar com blusa quando saí do quarto... – ria, provocando-a.

- Não estaria, se alguém não tivesse saído... – Uranus passava a mão pela nuca, um tanto sem graça.

- Maldição... olha a hora. É tão tarde e tenho corrida logo cedo... se não dormir agora vou ter problemas amanhã... Isso sem falar nas fotos, coletiva...e sei lá mais o quê!

- Calma...coma alguma coisa, nós não comemos nada desde que chegamos aqui...daí sim você dorme, ok? 

- Hai. – suspira.

Terminando o jantar, Haruka logo em seguida se troca e deita-se na cama, observando a outra jovem que terminara de se trocar no banheiro. Protegida pela escuridão do quarto, Uranus sorria ao fitar as belas formas de Neptune, sua delicadeza ao passar cremes pelo braço e por saber, felizmente, que podia tocá-la.  Michiru por sua vez, encarando seu próprio reflexo no espelho do banheiro, penteava os cabelos. Só agora parecia assimilar tudo o que tinha acontecido desde o dia no autódromo. 

Tudo se passara tão rápido, mas ela nunca estivera tão feliz...e foi com essa expressão que ela saiu do cômodo, indo em direção a cama, pensando porém, que velocista já estivesse dormindo. E, assim que a garota se aproxima da cama, Haruka a agarra, fazendo-a cair por cima dela.

- Haruka! Pensei que estivesse dormindo! – ria.

- Ora, é a última coisa que quero fazer quando estou perto de você... Eu vou dormir sim, assim que me der um beijo... – A Sailor dos mares fitava-a com malícia, beijando-a por fim.

- Eu também não queria dormir, mas... – sorrindo, a jovem se aconchega no corpo da outra. – Eu não queria ser tão... sentimentalista, mas acredita que às vezes eu ainda me pego perguntando se isso é um sonho? 

- Posso acordá-la com um beliscão... Aliás, posso morder se você deixar... – falava, maliciosamente.

Michiru riu.

- Hum...melhor não... é um risco muito grande acordar...

 - Deixemos assim...mas só por hoje, porque realmente tenho que dormir princesa – sorria.

- Ah...oyasuminasai. E que amanhã o vento te acompanhe, ‘Ruka.

Ao ouvir a jovem, Uranus abraça-a e logo em seguida beija-lhe a testa, como se naquele momento tudo que lhe perturbava, suas dúvidas, seus medos e inseguranças tivessem saído com o mesmo vento que movia as cortinas brancas do quarto. Por mais difícil que fosse a missão delas, era reconfortante olhar para o lado e saber que Neptune a seguia. Sempre.

(continua)

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