sexta-feira, 18 de março de 2011

Capítulo 15 – A culpa do discernimento

Capítulo 15 – A culpa do discernimento.

“Fale comigo...”

“Me deixa apenas dirigir.”

“Haruka...”

“Eu só quero dirigir...”

E a Sailor dos Mares se calou. Tentar qualquer diálogo naquele momento seria em vão. Queria explicar para a loira. Fitá-la e dizer que a culpa que carregava não era dela. Palavras que usou tempos atrás para si mesma. Precisou. Não havia ninguém na época que a consolasse. A morte de vítimas não é algo a ser esquecido com uma noite de sono. As missões nem sempre poupam a vida do possuído. O possuído, nunca poupa a vida de alguém.

Era uma questão de escolha. A culpa do discernimento. Uma vida tomada para que outras pudessem existir; um dilema que não deveria haver... não para aquelas guerreiras. Por isso a missão fora confiada a elas. Todavia, o coração procura brechas em momentos de dúvidas, arraigando remorso, complacência ou empatia; cegando aquelas que lutam, lembrando-as de sua humanidade.

[...]

Foi da velocista o último golpe. Levantou o braço direito e acertou o chão com força titânica. No parque, abriu-se uma fenda que percorreu vários metros até o demônio, já transtornado pelas ondas impiedosas de Neptune. A criatura debateu-se, recusando a deixar o corpo hospedeiro. A vítima, uma garota, caiu para o lado. Debilitada e ferida olhou o possuído... Seu namorado.
Oito meses. Exatos oito meses de namoro que seriam comemorados no parque onde se conheceram. A menina franzina riu mentalmente de si mesma. Mais de seu egoísmo por pensar momentaneamente no presente em seu bolso que não entregara. O conteúdo nem era relevante. Desmaiou enquanto via a Sailor dos Mares se aproximando, impassível.

Metros dali, Uranus estava imóvel, ainda na posição de ataque. Perplexa com a velocidade e poder de seu golpe, repleto de ódio à visão do monstro cravando as unhas pelo corpo da menina. Golpeou tomada pela força que há eras lhe fora passada. Uma era compartilhada com Neptune.

“Michiru.” – lembrou-se Uranus da parceira.

Mas assim como as palavras que, uma vez ditas não poderiam ser revertidas, o ato já se concretizara.
O demônio fora destruído.
A garota fora salva.
Quanto ao rapaz...

Devagar, Uranus foi se aproximando dos corpos e Neptune foi a primeira a falar, mas a loira não entendia o quê exatamente. Numa surdez pós-batalha, o som não chegava aos ouvidos da corredora. Os olhos ainda arregalados foram da garota ao chão às tentativas de Michiru para reanimar o corpo quase já sem vida do jovem.

“...ambulância!.”

Uranus captou finalmente o fim da frase de Neptune.

“Ouviu o que eu disse Uranus?! Chame uma ambulância!”

A loira procurou rapidamente no local um telefone público. E perto da roda gigante do parque em manutenção, achou um e ligou para a emergência. Os dedos trêmulos erraram na primeira tentativa, apertando outra tecla por engano. Não importava se era a primeira vez que via alguém morrer. O modo e a causa era o que lhe assombrava naquele momento.
A causa. O causador. A causadora. A culpada.

“Minha culpa. Ele está morrendo por minha culpa!”

“Uranus...”

Neptune ia começar um discurso que a velocista conhecia bem. Iria falar de prioridades, sacrifícios. Custos que uma missão daquelas teria. A loira pensou em se adiantar e gritar “Dane-se a missão!”

Mas ponderou. Fitou a bela a sua frente e a ouviu dizer que tinham feito o que era para ser feito, pois, se a criatura escapasse, tantas outras vítimas estariam no lugar daquela menina ao chão. E mesmo que o monstro resolvesse deixar o corpo do rapaz, levaria a vida dele. Alimentava-se disso, afinal. Neptune falou com segurança embora o tom de voz parecesse frio. Entretanto, a Sailor dos Mares era só mais consciente do que enfrentavam. E, principalmente do motivo pelo qual enfrentavam.

A sirene característica da ambulância trouxe o peso da realidade. As Sailors viram por trás de uma árvore os paramédicos pularem a cercazinha do escuro parque. As lanternas ajudaram a localizar as vítimas.
As duas Sailors, já com suas roupas usuais, se afastaram da cena. Michiru olhou mais uma vez para trás; Haruka continuou andando até o carro. As palavras simplesmente morriam antes que chegassem à boca.

Assim, sem trocar palavras, algum tempo depois as jovens desceram do carro e entraram no prédio. A violinista não pensou em voltar para o apartamento tão cedo. Na volta quis parar na praia; o mar costumava acalmá-la, talvez fizesse o mesmo pela corredora. Contudo, antes que falasse algo, perdera a coragem quando viu a parceira engatar mais uma marcha, perdida em conflitos morais...

[...]

- Vai comer algo, Haruka? – perguntava a violinista da cozinha em tom calmo. Quem sabe quebraria o clima sufocante formado no carro.

- Eu não estou com fome.

Michiru suspirava perto do fogão. Seria uma longa noite.

A reação aparentemente despretensiosa de Michiru estava longe de ser frieza ou menosprezo pelo ocorrido, quase uma hora antes. A violinista sabia, é claro, que Haruka não estava com fome ou queria conversar; e apostava que a loira nem quisesse companhia naquela noite. Mas iria se arriscar. Era-lhe preferível uma discussão com a velocista por aborrecê-la, do que vê-la encolhida silenciosa no sofá com um dos braços escondendo o rosto – assim estava.

- Sabe... – Neptune se aproximava da loira, que agora se sentava no sofá. Com o controle da TV em mãos, zapeava desatenta pelos canais – Morino-san, o cozinheiro da minha família, me deu este caderninho preto, cheio das minhas refeições prediletas, aqui tem a receita de todas... Não quer dar uma olhada? Talvez eu consiga fazer algo...

- Não, eu estou bem...

Mesmo poupando conversa, o fato de Haruka ter respondido a pergunta comprovava mais uma vez o quanto tinha mudado. Normalmente, depois de insistências, pegaria a chave do carro e dirigiria até que sua mente estivesse livre de pensamentos confusos; dirigiria até que não sentisse o asfalto nos 120 quilômetros por hora mostrados no velocímetro. A velocidade sempre fora seu elixir.

Mas por hora, tentava se contentar com um de seus jogos de corrida. Sentada no chão, olhava fixamente para a tela da TV, apertando os botões do gamepad de seu videogame. Neptune observou sua amante com um sorriso leve.
Calça jeans, meias cinza e uma blusa sem manga branca compunham o visual da corredora, simplicidade que atraía a violinista, tão acostumada a trajes formais. Silenciosamente fitou a loira antes de sentar-se ao seu lado e escutar os sons de aceleração, freio e batidas do jogo.

- Não precisa ficar aqui se não quiser... – disse Haruka, sem desviar o olhar da tela.

- Eu quero.

- Sei que não gosta muito desses barulhos...

- Não me importo.

- Então... quer jogar?

- Pensei que nunca fosse chamar. – sorria.

- Esse botão acelera, esse freia, esse aciona o Turbo...

- ‘Ruka, contente-se por eu não ter segurado esse troço de ponta-cabeça...

[...]

O rádio-relógio marcava exatamente duas e quinze da manhã. Levantando-se devagar da cama, a garota coloca os chinelos e abre a porta do quarto. Chegando a sala, guiava-se exclusivamente pelas silhuetas dos móveis, parcialmente iluminados por uma lua que invadia a varanda. Uma brisa agradável adentrava o apartamento, mas isso pouco fora notado.

Sem sono, caminhou até a cozinha onde abriu a geladeira. E ficou ali, olhando os produtos fixamente. Pegou um copo de água e o tomou até a metade, não estava realmente com sede. Puro hábito. Puxando uma cadeira, sentou. A madrugada parecia infindável. Rezou aos deuses que cria por costume pedindo consolo à família do jovem. Não lhe era comum rezar, mas sentiu de rogar a alguém mais forte que ela. Na entrada da cozinha, uma figura desviava momentaneamente sua atenção.

- Assistir alguém morrendo nunca é fácil, Haruka.

- E depois de quantos vou me...acostumar? – perguntava amarga, fitando o copo a frente.

- Não se acostuma. Do contrário, aí sim pode-se dizer que tem um problema. Somos humanos afinal.

- Talvez seja este o problema.

- O que quer dizer?

- Eu o ataquei por ódio.

- Por medo.

- Foi por ódio, quando o vi atacando aquela garota!

- Teve medo que ele a matasse... Estava claro que o demônio não ia ceder e largar o corpo do hospedeiro...

Michiru falou com propriedade, parecia um pouco mais experiente que Uranus em batalhas. Haruka quis concordar. Realmente quis. Mas a culpa não deixou. A loira fitou o chão antes de falar novamente.

- Não importa. Eu não controlei minha força...

- Você salvou a menina.

- Por que sempre há escolhas Michiru? Uma vida ou outra...

- Uma em prol de incontáveis...

- Quando ficou tão fria?

- Não fale sobre o que não sabe. – respondeu rapidamente parecendo aborrecida com a pergunta da velocista.

A essa altura Michiru dava as costas, caminhando até a sala para voltar ao quarto. Todavia, a impaciente Uranus a seguiu, segurando-lhe um dos braços, virando-a. As duas garotas agora se encaravam.

- E o que eu não sei?

- Uma...

- Uma... o quê?

- Sou responsável por uma morte... E quem sabe poderia ser a segunda no autódromo se você não estivesse lá... O rapaz teve força de vontade para se recuperar.

Perplexa, a loira soltou um dos braços da parceira, lembrando pedaços de sua discussão com a Sailor no autódromo. Neptune olhava o demônio caído e o rapaz inconsciente depois de seu Deep Submerge.

“Esse monstro era um ser humano antes! Não tem importância pra você? Isso é assassinato!” – esbravejou Haruka.

“O silêncio está se aproximando. Se eu não detiver esse monstro, vai aumentar o número de vítimas...”

“E não tem alternativa?”

“Não tenho...”

- Michiru, eu... Eu sou uma idiota.

- Não, não é. Haruka olhe pra mim... – a velocista resistia, fitando apenas o carpete da sala. – O que ocorreu não foi culpa sua, nem minha...

- Diga isso à família daquele rapaz.

- Há um culpado sim, e você sabe quem é. Se ficarmos nos culpando, nunca impediremos que aquela criatura desperte.

- Se eu tivesse mais poder... Eu só queria ser mais útil.

- Você é. Eu sei que não conseguiria realizar essa missão se não estivesse ao meu lado. E não falo só como guerreira...

- Bom saber... – sorria a corredora.

- Agora vamos voltar pra cama. Está um bocado frio sem você lá...

- Tarde demais, estou sem sono...

- Não me lembro de ter falado em dormir... – sorriu Michiru estendendo a mão à parceira.

- Não estou realmente no clima, Michiru... – explicou-se a loira, esboçando um sorriso constrangido.

- Mas em que raios está pensando? – riu à expressão confusa da amante – Vamos só conversar... – e guiou a garota até o quarto, agora compartilhado.

E Haruka concluiu. Não foi difícil. A presença de Michiru naquele apartamento se tornara indispensável.

E conversaram. A princípio não foi exatamente um diálogo, pois a corredora respondia monossilabicamente. Então a violinista passou a questioná-la de modo que a resposta não permitisse só “sim ou não”.

- Eu não consigo me lembrar claramente de outras Sailors, tudo que vejo nos meus sonhos são borrões... mas eu arrisco dizer que uma era uma menina alta como você, sabe? Usava os cabelos presos, um rabo-de-cavalo...  E você, do que lembra?

Do rosto de Michiru, a loira encarou o teto, resgatando algumas memórias.

- Da Rainha, mas vagamente...

- Serenity?! E como você a vê?

- Os cabelos longos e loiros, de vestido... e quase tão branca quanto a própria lua. Uma mulher realmente bonita...

O modo afetuoso como a corredora descreveu Serenity poderia ser mal interpretado. Mas a verdade é que as Sailors nutriam um carinho inexplicável pela Rainha, ainda que lembrando vagamente dela.

Longe dali, a ameaça que Uranus e Neptune enfrentavam não se abatia sobre cinco garotas. Makoto, Ami, Minako e Usagi refugiavam-se no Templo Hikawa, moradia de Rei, a Sailor Mars. Usufruíam da paz, tomando chá gelado e conversando trivialidades pela madrugada no grande terraço do local, sem notar que na TV noticiavam a morte de um jovem em um parque de diversões...

A informação tampouco chegou ao apartamento de Haruka. Michiru cuidou para que os aparelhos, que pudessem fornecer qualquer tipo de informação sobre o caso fossem desligados. Ela não tinha esperança que o jovem sobrevivesse.
Com tato, Kaioh tentava livrar a mente da amante de pensamentos depreciativos. 

- Nunca me falou como encontrou esse apartamento, Haruka.

- Ah, isso... Não fui eu, meu tio procurou pra mim. Quando eu vi o apartamento, disse a ele que não precisava disso tudo, bastava um quarto... Daí ele riu e perguntou como raios eu ia guardar os meus troféus e o piano... Você provavelmente acharia meu tio muito estranho.

- Por quê? – quis saber Neptune, que ouvia a história atentamente.

Haruka pareceu lembrar-se de alguma cena rapidamente, pois esboçou um sorriso antes de responder.

- Ele é uma pessoa muito... como posso dizer... exagerada. Ele te vê na rua e já acena freneticamente, dizendo seu nome tão alto que você tem o impulso de cobrir o rosto e sair correndo.

Michiru riu imaginando a cena, nem de longe os parentes que conhecia se comportavam dessa maneira. Achou tão intrigante que indagou por impulso:

- E quando eu posso conhecer o seu tio?

- Hã? Quer conhecê-lo? – Haruka piscou duas vezes surpresa e Michiru corou, ficando um tanto sem graça.

- Ah... qualquer dia desses, sabe? É que... eu nunca conheci ninguém da sua família e... – a própria Neptune pausou uns segundos, achando que tinha falado demais – Bom, ele me parece ser uma boa pessoa. – finalizou ainda corada.

Haruka fitou a garota sem pressa e Michiru achou o silêncio desconfortável. Então, antes que pudesse desconversar, a loira antecipou-se e falou tranquilamente, na sua voz rouca habitual:

- Está bem. Qualquer dia eu ligo pra ele... Mas lembre-se, a ideia foi sua. Não me culpe se morrer de vergonha. – disse Uranus, num tom ameaçador que não assustaria nem uma criancinha.

- Hai. – Neptune sorriu, ao imaginar o encontro com o tio da parceira.

Haruka virou-se por um momento e abriu a gaveta do móvel de cabeceira. Pegou um pequeno objeto e tornou a olhar Michiru.

- Eu esqueci de entregar, tome.

Michiru olhou a palma da mão da loira e viu uma chave prateada, com uma fina corrente de mesma cor. O dia conturbado fizera a violinista esquecer... Ela agora realmente dividia o apartamento com a outra Sailor.

- Obrigada, ‘Ruka. Por falar nisso, agora que... bom, agora que moro aqui, quero dividir as contas, sabe?

- Não se preocupe com isso. – disse a loira. O tom era gentil.

Michiru iria argumentar mas parou quando viu Uranus tatear o móvel ao lado da cama, pegando enfim a foto que deixara lá. Michiru aos dez anos, polindo um violino. Seus olhos verdes passeavam pela imagem, iam de ponta a ponta. Talvez imaginando a mãe da garota chamando-a, querendo um sorriso e uma pose. Talvez imaginando o porquê da senhora não conseguir o que pedira.

- Pode ficar com ela.

Haruka ergueu as sobrancelhas antes de fitar Michiru, que sorria.

- Mas...

- É sério, quero que fique com ela.

- É uma lembrança sua.

- Prefiro as que fiz com você.

- Sua infância foi tão horrível assim?

- Horrível não é bem a palavra...

- Então?

- Queria ter te conhecido antes, Haruka. Sabe, nessa época.

Michiru apontou a foto com um sorriso e Haruka retribuiu lentamente.

- Eu também.

- Porque quem sabe... você não seria tão Casanova... – finalizou em um tom sombrio, alfinetando a corredora.

A velocista arregalou os olhos e soltou a foto. A violinista estava com um ar superior, como se não houvesse contra-argumentação possível para o que dissera.

- Hey, eu não... Michiru, como pode dizer...

É. Talvez não houvesse.

- Mas eu realmente penso que você dever ter sido uma garotinha boazinha e fofa.

Michiru sorriu. Haruka corou.

- Não, não era.

- Como assim “não era”? Por acaso sequestrava e assava pombos de praças ou algo assim?

Uranus abriu a boca, pretendia responder alguma grosseria, mas a própria risada abafou qualquer outra reação. Netpune conseguira. Entre risos, a loira notou estar envolvida pela atmosfera que a outra criara. Como boa pisciana, Michiru arrastou Haruka por onde quis, numa onda calma, lavando e levando aqueles dilemas e pesares para bem longe. Porque assim ordenou às ondas.

E talvez com isso, ela própria, pudesse ter uma noite quase serena. A missão fora cumprida.

Por hora.

(continua)

5 comentários:

  1. continue cada vez estou a gostar mais. Escreve muito bem. Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Muito obrigada pelo comentário! Fico feliz que esteja gostando do andamento da história. =)

    Abraços.

    ResponderExcluir
  3. Eu na Escola vou ter de ler um exerto duma História que estou a ler e queria saber a sua opinião sobre qual capitolo da sua história devo apresentar á minha turma, porque eu gostei de todos até agora.

    ResponderExcluir
  4. Ora, me deixa muito feliz saber que tem gostado da história! Nossa, é uma pergunta um tanto difícil, Haruka. É que eu gosto de partes dos capítulos que escrevi, tenho uns pedaços prediletos.

    Gosto daqueles que descrevem a personalidade das duas, sabe? Ou dos que revelam o passado. Por exemplo, no capítulo 5, me agrada a forma como Uranus se confessou à Michiru, em frente a um quadro no museu. No 9 - Complicações Estudantis, gosto especialmente do começo, quando Michiru revela o que houve na noite anterior. No 10, gosto de como Haruka revela parte do passado (sobre o pai) de uma maneira espontânea. No 12 (Okaeri), aprecio a forma como Haruka cuidou de Michiru quando esta chegou ao apartamento.

    O capítulo que está por vir, o 17, realmente gostei de ter escrito. Ele foi curto, mas a forma como as coisas se desenrolaram, foram importantes para o crescimento da personagem.

    Enfim, é uma decisão bem particular. Poderia escolher aquele...digamos, que deu vontade de ler de novo... ou se identificou de algum modo.

    De qualquer forma, obrigada por ler "Prelúdio" e desculpe a demora em responder.

    Abraços!

    ResponderExcluir
  5. Não faz mal, agradeço bastante pela ajuda eu identifico-me muito com a Haruka por isso vou seguir as suas sugestões e vou escolher um que me deu vontade de ler de novo e o que me identifico.
    Mais uma vez obrigada.
    beijos!

    ResponderExcluir